Na última semana, o governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, visando reforçar uma disputa política e impactar setores-chave da economia brasileira. Essa medida, que afeta desde commodities agrícolas até itens manufaturados e aeronaves, pode elevar custos de insumos e reduzir competitividade de exportadores brasileiros no mercado americano. A seguir, apresentamos algumas estratégias para minimizar o impacto dessa tarifa e manter suas operações rentáveis.
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Adaptação da Produção: Mover Montagem para Países com Isenção

Uma forma eficiente de reduzir a alíquota é deslocar etapas de fabricação ou montagem para países que tenham acordos comerciais favoráveis com os EUA — como México ou Canadá, beneficiários do USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá). Ao realizar a montagem final em território elegível, o produto passa a ser considerado “origem norte-americana” ou “origem USMCA” e, portanto, está isento da tarifa de 50%.

• Exemplo: uma fabricante de móveis brasileira pode enviar componentes acabados para uma unidade de montagem no México e, a partir daí, exportar para os EUA sem sofrer a tarifa elevada.
• Benefício: preservação de margens e proteção da cadeia de valor sem abrir mão da qualidade e do design original.

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Parcerias e Aquisições de Empresas Locais: Ganhar o Selo “Made in USA”

Outra estratégia é formar alianças com ou adquirir participações em empresas americanas já estabelecidas. Isso cria um processo de co-manufatura ou subsidiária local, permitindo que seus produtos recebam o selo “Made in USA” e, assim, fujam da tarifa de importação.

• Exemplo: uma marca de calçados pode firmar joint venture com um fabricante nos EUA, transferindo parte da linha de produção para unidades locais.
• Benefício: acesso direto a canais de distribuição americanos, melhoria da percepção de qualidade e simplificação de compliance.

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Redesenho da Estrutura Logística: Utilizar Zonas de Livre Comércio e Pontos de Embarque Estratégicos

Revisar sua cadeia logística e selecionar pontos de entrada nos EUA em Foreign‑Trade Zones (FTZ) permite que produtos sejam importados, armazenados e processados sem pagamento imediato de tarifas. Somente quando as mercadorias saem da FTZ para o mercado interno é que a alíquota torna-se aplicável — e, em alguns casos, pode até ser dispensada se houver transformação significativa do produto.

• Exemplo: um exportador de eletrônicos pode consolidar cargas em um armazém FTZ na Flórida (próximo ao porto de Jacksonville) e programar distribuição conforme demanda, evitando a aplicação da tarifa até o ponto de venda final.
• Benefício: maior flexibilidade no desembaraço aduaneiro, otimização de fluxos de caixa e redução de custos operacionais.

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A tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros nos EUA representa um desafio relevante, mas não intransponível. Adaptar a produção, estabelecer parcerias locais e recriar sua logística são caminhos viáveis para manter sua competitividade, proteger margens e continuar crescendo no mercado americano.

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